Quando se busca a opinião dos vizinhos em relação ao projeto de revitalização em um espaço público, surge um tema importante e muitas vezes negligenciado: a criação de processos participativos divertidos para ter a visão dos moradores locais.
Muitas vezes, recorremos aos mecanismos tradicionais de audiências públicas, reuniões e debates, mas será que esses métodos são realmente eficientes? Neste artigo, vamos explorar alternativas mais dinâmicas e atrativas para envolver a comunidade e garantir a participação qualificada de todos.
Os limites do processo tradicional
Os processos participativos tradicionais, embora sejam comuns, podem apresentar algumas limitações. Reuniões presenciais tendem a ser ineficientes, pois nem sempre resultam em participação qualificada.
Geralmente, esses encontros se transformam em debates desorganizados, onde apenas algumas pessoas têm a oportunidade de falar, enquanto os demais apenas ouvem. Essa abordagem pode levar a processos esvaziados, com pouca adesão, ou a conflitos acalorados, onde diferentes grupos tentam impor suas opiniões.
Os tais processos divertidos
Aqui, apresento a vocês a proposta de criar processos participativos divertidos. O que isso significa? Significa buscar formas mais atrativas e ágeis de coletar ideias e opiniões dos moradores, sem a necessidade de reuniões tediosas e demoradas. Existem diversas alternativas que podem ser exploradas, como enquetes, votações, banners interativos e até mesmo a realização de eventos de confraternização na praça.
Imagine um grande piquenique na praça, com música, comida e uma atmosfera agradável. Durante o evento, poderiam ser disponibilizados banners, maquetes ou grandes mapas da praça, onde as pessoas poderiam expressar suas opiniões de forma rápida e prática. Cada participante teria a oportunidade de contribuir em apenas alguns minutos, escrevendo um Post-it, deixando um recado ou até mesmo votando em suas preferências.
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As vantagem de gostar de participar
Comparado aos processos tradicionais, os processos participativos divertidos têm uma participação muito maior. As pessoas se sentem mais motivadas a participar, pois sabem que não precisarão dedicar horas a uma reunião cansativa. Com o tempo, é possível coletar uma ampla variedade de opiniões e informações relevantes, sem sobrecarregar os participantes.
Essa abordagem favorece a colaboração e promove um engajamento significativo por parte da comunidade. Além disso, é um processo rápido, que não gera desgaste emocional para os participantes e os realizadores. Ao optar por métodos mais dinâmicos e interativos, os organizadores podem sentir-se valorizados e satisfeitos ao verem a comunidade participando ativamente e contribuindo para o projeto.
Concluindo
Em resumo, é importante evitar transformar o processo participativo em uma reunião tediosa de condomínio. Os métodos tradicionais nem sempre são eficientes, e é fundamental buscar alternativas que sejam atrativas e estimulem a participação qualificada dos moradores. Afinal, a construção de um projeto bem-sucedido depende do envolvimento de todos e do uso de processos que sejam eficientes, dinâmicos e divertidos.
Agora que você já aprendeu sobre processos participativos divertidos, continue navegando pelos conteúdos para aprender ainda mais. Você também pode baixar o Checklist do Engajamento e Base de Fãs para começar a aplicar seus novos conhecimentos no seu projeto.
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Marcelo Rebelo
Urbanista, especialista em revitalização de espaços públicos, com mais de 10 anos de experiência em projetos urbanos e políticas públicas. Criador da Metodologia Cubo Mágico Urbano, que ensina a criar um movimento de vizinhança em prol do seu bairro.