Estabeleça um acordo de paz

Evite o retrabalho dos profissionais chegando a um consenso

· Cubo Mágico Urbano,Visão Apaixonante

Ao iniciar um projeto de intervenção e melhoria em um espaço público, é crucial considerar as etapas necessárias para garantir o sucesso da empreitada. Um dos momentos mais importantes desse processo é o envolvimento de profissionais com habilidades técnicas, como arquitetos, engenheiros, paisagistas, agrônomos e biólogos. Essa equipe desempenha um papel fundamental na concepção e construção do projeto, trazendo expertise e conhecimento técnico para tornar a ideia uma realidade.

No entanto, é essencial evitar retrabalhos e conflitos ao trabalhar com essa equipe de profissionais. Muitas vezes, projetos de vizinhança podem enfrentar problemas devido a mudanças constantes de ideias e discordâncias entre os diferentes grupos envolvidos. Neste artigo, discutiremos estratégias para minimizar esses problemas e criar um ambiente propício para o desenvolvimento de projetos públicos bem-sucedidos.

 

O momento certo de envolver os profissionais técnicos

Para evitar desperdício de tempo e recursos, é importante envolver os profissionais técnicos no momento adequado do processo de criação do projeto. Antes de começar a tomar decisões projetuais, resolva conflitos e alinhe interesses entre os diversos grupos envolvidos. Isso permitirá que os profissionais trabalhem de forma mais eficiente e evitem retrabalhos desnecessários.

 

Amenizando os conflitos de interesse

Um dos principais desafios na criação de projetos públicos é conciliar os interesses e necessidades das diferentes pessoas envolvidas. Por exemplo, pode haver um conflito entre mães que desejam um parquinho seguro para as crianças e donos de cachorros que querem uma área aberta para soltar seus animais de estimação. Para evitar conflitos, é necessário setorizar a área de intervenção e definir atividades específicas para cada ambiente.

Ao alocar os grupos de interesse em seus respectivos territórios, é possível criar um projeto que atenda às necessidades de todos de forma equilibrada. Por exemplo, é possível criar uma área cercada para os cachorros e um parquinho separado para as crianças. Essa delimitação de espaços garante a proteção de todos os usuários e promove um ambiente harmonioso.

 

A decisão das proporções e limites dos ambientes

A definição das proporções e limites dos ambientes também é um tópico sensível. Essa é uma decisão que deve ser tomada em conjunto pelos grupos de interesse, não apenas pelos profissionais técnicos. Ao estabelecer as fronteiras de uso de cada espaço, evita-se disputas futuras e garante-se a colaboração entre os envolvidos.

No entanto, essa etapa pode ser desafiadora, pois envolve questões de poder e territorialidade. É importante que todos os grupos sejam ouvidos e suas necessidades sejam levadas em consideração. Ao encontrar um equilíbrio entre os interesses e estabelecer limites claros, é possível evitar conflitos futuros e garantir um projeto bem-sucedido. Esse é o tal do "acordo de paz".

 

Colaboração com os arquitetos

Uma vez que as proporções e limites dos ambientes estejam definidos, é hora de colaborar com os arquitetos e demais profissionais técnicos. Nessa fase, os profissionais utilizarão seu conhecimento e habilidades para dar vida ao projeto. Eles irão detalhar os espaços, escolher materiais adequados e planejar os equipamentos necessários.

É fundamental que, nesse momento, as decisões já estejam consolidadas, evitando alterações significativas que possam acarretar retrabalho e desperdício de recursos. Quando as proporções e limites já estão estabelecidos, os profissionais podem se dedicar a tornar cada ambiente ainda mais atrativo e funcional, sem precisar refazer todo o trabalho já realizado.

Se o seu grupo realizador não contar com um arquiteto, os projetos alocados no Cidades.co têm acesso a uma equipe de profissionais de arquitetura e urbanismo pronta para te apoiar e ajudar seu projeto a criar uma inigualável Visão Apaixonante.

 

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Exemplo de sucesso: projeto com zonas de interesse definidas

Para ilustrar a importância desses conceitos, imagine um projeto em que todas as zonas de interesse estejam claramente definidas. Uma praça, por exemplo, pode ser dividida em áreas específicas, como um parquinho infantil, uma área para cachorros, uma horta comunitária e uma quadra esportiva. Cada grupo de interesse teria seu próprio território e atividades adequadas às suas necessidades.

Essa divisão prévia de territórios e atividades resultaria em um ambiente harmonioso e livre de conflitos. Todos os envolvidos estariam satisfeitos com a sua proporção de espaço e poderiam colaborar com os profissionais técnicos para desenvolver cada ambiente de acordo com suas especificidades.

 

Conclusão

Evitar retrabalho e conflitos no processo de criação de projetos públicos é essencial para garantir o sucesso e a satisfação de todos os envolvidos. Ao envolver os profissionais técnicos no momento adequado, harmonizar os conflitos de interesse, definir as proporções e limites dos ambientes e colaborar efetivamente com os arquitetos, é possível criar projetos que atendam às necessidades de cada grupo e promovam a colaboração entre eles.

Agora que você já aprendeu o sobre como estabelecer um acordo de paz, continue navegando pelos conteúdos para aprender ainda mais. Você também pode baixar o Checklist da Visão Apaixonante para começar a aplicar seus novos conhecimentos no seu projeto.

 

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Marcelo Rebelo

Urbanista, especialista em revitalização de espaços públicos, com mais de 10 anos de experiência em projetos urbanos e políticas públicas. Criador da Metodologia Cubo Mágico Urbano, que ensina a criar um movimento de vizinhança em prol do seu bairro.