O conceito
O Placemaking é um conceito amplo que incorpora soluções para questões urbanas atuais, principalmente as de ativação e requalificação de espaços públicos. O conceito surgiu por volta da década de 80 nos Estados Unidos e vem sido constantemente otimizado e aplicado nas cidades.
Ele nada mais é do que um processo de planejamento, criação e gestão de espaços públicos. O maior objetivo é estimular a criação de espaços para as pessoas interagirem e juntas transformarem os pontos de encontro.
A característica principal do placemaking é levar em consideração as principais necessidades locais. Parques, praças, ruas e calçadas se transformam em laboratórios a céu aberto para experimentar mudanças simples. A tentativa é sempre tornar os lugares mais agradáveis e atrativos.
As principais características do Placemaking
Uma das principais referências em Placemaking é o Project for Public Spaces – PPS (Projetos para Espaços Públicos), uma organização americana que auxilia a promover o conceito internacionalmente. Após diversos estudos o PPS identificou quatro qualidades comuns em espaços públicos bem-sucedidos:
1. Acessos e conexões
2. Conforto e imagem
3. Usos e atividades
4. Sociabilidade
Com a participação comunitária sendo o principal impulsionador, um processo efetivo de recriação de espaços é posto em prática. A inspiração e o potencial de uma comunidade local pode resultar na criação de espaços públicos de qualidade que contribuam para a saúde, a felicidade e o bem-estar das pessoas.
A ideia
Apesar do Placemaking parecer uma nova ideia ele já é debatido desde a década de 60 por pessoas como Jane Jacobs e William Holly Whyte. Personalidades importantes que sempre atuaram nas questões do urbanismo, contrapondo os projetos modernos da época e buscando a valorização dos espaços para as pessoas.
O trabalho deles, focado nos aspectos culturais e sociais de reativação de vizinhanças e bairros a partir dos espaços públicos é o que embasa o conceito aplicado atualmente nas cidades. Outros nomes do urbanismo também são percursores desse movimento, e todos tem em comum a valorização dos espaços na cidade para uso humano, em contraponto ao que foi planejado até então, com a priorização do automóvel.
O Placemaking, além de ser uma ferramenta útil para se "fazer lugares"também suporta argumentos para melhorar o planejamento urbano contemporâneo.
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